domingo, 21 de fevereiro de 2010

Dia Negro Para A Madeira

Ana Andrade

O dia 20 de Fevereiro de 2010, vai ficar para a História, a História triste da Madeira. Foi o dia em que o Funchal sofreu uma das maiores catástrofes de que há memória.
O Funchal acordou em sobressalto, tudo porque as três maiores ribeiras; São João, Santa Luzia e João Gomes; e todos os ribeiros afluentes, não suportaram a água que tem caído nos últimos dias, e ontem, durante uma hora choveu o equivalente ao normal de um mês, 52 milímetros. Como já fiz referência as ribeiras não suportaram a imensa água, arrastaram com sigo troncos, pedras e outros detritos vindos da serra, e ao chegar a zona mais baixa da cidade, transbordaram, procurando nas estradas novos leitos. O caos instalou-se na cidade, a água evadiu habitações, lojas, centros comerciais e edifícios públicos. Ruíram pontes, carros e pessoas foram arrastados pela grande força da corrente. O pânico instalou-se.
Nas zonas mais altas da cidade, os pequenos ribeiros também galgaram as margens e evadiram casas. Por consequência de tudo isto, surgiram derrocadas que destruíram habitações.
Na Ribeira Brava, um outro concelho, a ribeira também galgou as margens e junto com o mar, provocaram grandes estragos.
As comunicações telefónicas tornaram-se complicadas, houve falta de luz, ainda a falta de água em algumas freguesias.
Resultado, há mortos a lamentar, feridos para tratar, desalojados para realojar. As cidades, afectadas, já estão a ser limpas, mas para regressar a normalidade ainda vai demorar uns dias. Ainda há zonas isoladas, cujas pessoas certamente precisam de ajuda com urgência, mas que as autoridades são impotentes para lá chegar.
Como dizia hoje um jornalista da RTP: “A água evadiu a menina dos olhos da Madeira”. E é verdade, a baixa da capital madeirense encontra-se num cenário desolador.
Nós Madeirenses, falo por mim, e julgo que por todos, agradecemos o apoio e solidariedade demonstrada por todos.

Felizmente tanto eu como a minha família não sofremos danos.

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