Reflexão

Ana Andrade

À 10ª jornada da principal liga do futebol português, decidi escrever este texto de reflexão, para partilhar convosco as minhas modestas opiniões e observações sobre a presente temporada futebolística.
Comecemos pelo topo, o surpreendente líder Sporting de Braga, que, a 10ª jornada sofreu a primeira derrota. Os três grandes tombaram aos pés dos minhotos, FC Porto e Benfica no Minho, Sporting em Alvalade.
Por falar em Alvalade, mora lá uma crise sem precedentes, crise essa que já levou a demissão do treinador Paulo Bento, do director desportivo Pedro Barbosa e do administrador da SAD Miguel Ribeiro Teles. Para colmatar estas saídas, já rumaram a Alvalade Ricardo Sá Pinto, que assumirá a direcção desportiva, e Carlos Carvalhal que será o treinador. Neste momento o Sporting encontra-se no meio da tabela, e nem a boa prestação na liga Europa serve para atenuar a contestação dos adeptos, que parece não ter fim.
Adeptos contentes e satisfeitos com a equipa encontram-se na Luz, os benfiquistas respiram confiança, a equipa vence e além disso goleia, e estão em segundo lugar da liga. Os adeptos já sonham com o título de campeão.
E por falar em campeão, o tetracampeão anda em baixo de forma, as saídas de jogadores importantes fizeram mossa, e os que acabaram de chegar ainda estão a adaptar-se. Além disso, as lesões e baixas de forma tem complicado a vida a Jesualdo Ferreira, talvez seja por isso que a equipa tem feito exibições fracas. À décima jornada o FC Porto soma 20 pontos, e está a cinco dos líderes Sporting de Braga e Benfica, cinco pontos que todos os portistas esperam ver reduzidos mais cedo ou mais tarde. No entanto, nem tudo é mau, à quarta jornada da fase de grupos, os dragões já carimbaram o passaporte para os oitavos de final da Liga dos campeões.
Um outro problema que tem assolado a principal liga de futebol é a troca de treinadores, à décima jornada já oito equipas mudaram de treinador, sendo que duas delas tiveram de o fazer, porque outros dois clubes lhes contrataram os treinadores. São os casos do Paços de Ferreira, que viu o seu treinador mudar-se para Guimarães; e da União de Leiria, que ficou sem o treinador depois deste ter rumado a Setúbal. Para mim esta situação é um pouco incompreensível, uma vez que estão tantos treinadores no desemprego à espera de uma oportunidade para trabalhar.
E assim vai a primeira liga do futebol português.