sábado, 12 de julho de 2008

Pré-época escaldante

Depois de a dois anos o futebol português ver-se mergulhado numa “novela” que deram o nome de Caso Mateus, uma situação que se arrastou até ao início da época, fazendo com que a primeira jornada da liga ficasse incompleta. Pois bem, no início desta pré-época existem outras duas “novelas” no futebol português, e as duas esperam decisões definitivas da FPF. Uma delas prende-se com o facto de não se saber se será o Boavista ou o Passos de Ferreira a disputar a primeira liga. Tudo, porque o Boavista foi condenado a descida de divisão, pelo CD da Liga, enquanto que o Passos de Ferreira desceu a segunda liga nos relvados. Mas o Boavista recorreu da decisão e agora ambos os clubes nortenhos esperam uma decisão final para se saber qual dos dois jogará na primeira liga. E a segunda, envolve o tricampeão nacional, o FCPORTO. O clube e o seu presidente, Jorge Nuno Pinto da Costa, foram condenados pelo CD da Liga. Estas condenações estão relacionadas com dois casos de alegada corrupção de árbitros em jogos entre os dragões e o Beira mar e o Estrela da Amadora, este segundo é conhecido como o caso da fruta, jogos disputados na época de 2003/2004. Qualquer um dos dois processos fazem parte do célebre Apito Dourado. Aparentemente, não existem provas dos supostos crimes. Aquele chamado caso da fruta já foi arquivado uma vez, depois uma senhora decidiu escrever um livro, e o caso voltou a ser reaberto. Ora, o CD da liga de clubes baseou-se em escutas telefónicas e depoimentos, que muitos consideram ilegais, a sentença final que aquele órgão atribuiu ao tricampeão consistia na perda de seis pontos e na suspensão do seu presidente por dois anos e uma multa. A SAD do FCPORTO preferiu não recorrer da decisão, aceitando, assim, a decisão do CD da liga de retirar 6 pontos a larga vantagem do Campeão. Por outro lado, o seu Presidente decidiu recorrer, para o CJ da FPF,.
Entretanto, no meio desta confusão, surge o Benfica, que é bom lembrar que na passada temporada terminou em quarto lugar, alcançando, assim um lugar na Taça UEFA. Porém, os encarnados pretendem beneficiar de um possível afastamento do FCPORTO da Liga dos Campeões.
Como o FCPORTO não recorreu da decisão do CD da Liga, aceitando assim perder os seis pontos, o caso passou para o Comité de Disciplina da UEFA, que decidiu afastar o clube das competições Europeias, entrando no seu lugar o Benfica. Não satisfeito com a decisão, o FCPORTO recorreu para o Comité de Apelo da UEFA, segunda instância, que anulou a primeira decisão, ou seja, o FCPORTO voltaria a Liga dos Campeões e o Benfica a Taça UEFA.
Mas entretanto o Benfica em parceria com o Guimarães, que com um afastamento do FCPORTO entraria de forma directa na Liga milionária, recorreram para o Tribunal Arbitral do Desporto, que é a suprema instância desportiva, a fim de conseguirem o afastamento definitivo do tricampeão da Liga dos Campeões.
Acontece, que na semana passada o tribunal do Porto decidiu arquivar novamente o caso da fruta, um dos casos em que se baseou o CD da Liga para condenar o FCPORTO e o seu presidente, por considerar que a senhora que escreveu o tal livro que fez reabrir os processos, tinha prestado um falso testemunho.
Na passada Sexta-feira, era suposto haver uma reunião entre os elementos do CJ da FPF, a fim destes apreciarem os recursos apresentados pelo Boavista e o presidente do FCPORTO. Mas a reunião terminou, por volta das cinco e qualquer coisa, sem que os casos fossem analisados, a acta foi redigida e assinada pelo presidente e vice-presidente do CJ, que mais tarde abandonaram a FPF. Após o jantar, cinco elementos, que compõem o CJ, decidiram reunir-se sem a presença do presidente nem do vice-presidente e decidiram que o Boavista descia de divisão e que o Presidente do FCPORTO seria mesmo suspenso durante os dois anos. No dia seguinte o Presidente do CJ da FPF apresentou-se no telejornal da RTP, apresentando a acta da reunião, em que ele tinha estado presente, e disse que todas as decisões tomadas pelos cinco elementos eram ilegais. A FPF decidiu abrir um inquérito a fim de entender o que se passou na tal reunião, mas aceitou as decisões tomadas como definitivas, mesmo pudendo ser ilegais.
Estes dois casos, que por estes dias “aquecem” a pré-época , na minha modesta opinião de adepta de futebol,, são uma grande confusão, porque em Portugal tomam-se as decisões importantes agindo com o coração e não com a razão, alimentando guerras entre norte e sul, podendo, assim, prejudicar o próprio futebol português.
Ora, porque a reunião do CJ da FPF terminou em mais um episódio confuso destas duas novelas que por estes dias fazem correr muita tinta na imprensa portuguesa, teremos de esperar pelos próximos episódios para saber-mos como tudo isto vai terminar.

Ana Andrade

2 comentários:

Noddy e Ruca disse...

olá...
apenas queria-te dizer que concordo contigo em relação ás questões da pré-época escaldante pela qual o futebol português está a passar! não há direito quererem roubar o que o nosso FCP construiu durante toda a época passada!! o Benfica quer ir à Liga dos Campeões?? Tivesse jogado! Quem merece somos nós....
VIVA AO FCP!
Bjs

Noddy e Ruca disse...

olá...
sou a gémea do "ruca"...
eu cá não estou de acordo em nada disso! o Benfica não jogou? é verdade...mas quem é que andou aí a comprar os árbitos??quem, quem? o Luís Filipe Vieira pode não prestar, mas acho que o FCP não pode falar muito...
Vocês têm é a mania!
Deviam aprender ficando um ano fora da Europa...assim é que era!
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