domingo, 20 de julho de 2008

Os Golfinhos

Os golfinhos são mamíferos marinhos, conhecidos pela sua graciosidade e inteligência, que fazem as delícias de miúdos e graúdos, quer em parques oceanográficos quer no mar.
Popularmente são conhecidos por Golfinho comum, porém o seu nome científico é Delphinus delphis.
Estes dóceis animais vivem em grupos, que podem chegar a milhares entre os que vivem no oceano. Na costa, é possível ver até 500 golfinhos juntos. Estes animais mergulham até 300 metros de profundidade e podem ficar até 8 minutos em baixo de água. Mas estes animais dóceis passam a maior parte do tempo na superfície das águas, acompanhando os barcos. Como são ágeis, velozes e acrobatas, saltam e nadam com facilidade na proa de embarcações.
O tempo de gestação de um golfinho dura de 10 a 11 meses. Quando nascem atingem pouco menos de 1 metro e são amamentados por pelo menos 14 meses. Quando adultos, os golfinhos medem entre 1,5 a 3,5 metros de comprimento. E podem pesar até 110 kg. O tempo médio de vida de um golfinho é de 20 a 35 anos.
Os golfinhos orientam-se por um sonar que cujas vocalizações incluem vários estalos e assobios. Até dizem que os golfinhos que vivem nos rios desenvolveram mais o sonar e não tanto a visão, isto deve-se ao facto das águas dos rios serem mais turvas. Pelo contrário os golfinhos que vivem no mar têm a visão desenvolvida, porém, o sonar também está muito desenvolvido.
Experiências recentes mostram que os golfinhos poderão ser muito mais inteligentes que nós. Até existem relatos de pessoas que afirmam que já foram salvas por um ou mais golfinhos. Como é o caso de um grupo de golfinhos que salvou um grupo de mergulhadores perdidos no mar Vermelho. Esta história conta-se em algumas linhas. Há algum tempo atrás, um grupo de mergulhadores perdeu-se do bote quando faziam mergulho no mar Vermelho. As equipas de salvamento começaram uma intensa busca, mas em vão. Os mergulhadores mantiveram-se todos juntos na esperança de que os helicópteros os localizassem facilmente. Apesar dos esforços das equipas de salvamento a localização estava muito complicada, até que surgiu um grupo de golfinhos junto dos mergulhadores. Passado algum tempo o bote apareceu e resgatou todos os mergulhadores. Os mergulhadores afirmam que foram os golfinhos que os salvaram.
Também existe uma história muito curiosa que envolve um golfinho e duas cachalotes.
Duas cachalotes, que corriam risco de vida porque não conseguiam afastar-se do litoral da Nova Zelândia, foram salvas por um golfinho, que as escoltou até alto-mar. Esta informação foi transmitida por um funcionário do serviço de protecção animal.
O golfinho, uma fêmea chamada Moko, conseguiu guiar os mamíferos até a altura da praia de Mahia, no litoral oriental da ilha do Norte.
Avisado por um habitante acerca da presença das cachalotes, desorientadas por um banco de areia que as impedia de afastar-se do litoral, Malcom Smith, o funcionário do serviço de protecção animal, tentou guiá-los, mas em vão, comentou:
“Elas estavam muito cansadas e eu estava a ponto de desistir, achando que tinha feito tudo que podia”, explicou ainda que, na maioria dos casos, os mamíferos, esgotados, matam-se para não sofrer mais, e foi aí que entrou em acção a golfinho Moko.
“As cachalotes estabeleceram contacto com o golfinho e ele guiou-as em paralelo à praia, ao longo de 200 metros até a ponta do banco de areia. Depois, passou por um canal estreito e escoltou-os até ao mar“, continuou Smith. Pouco depois, Moko voltou para a praia de Mahia, onde vive há um ano e é conhecida pelas suas brincadeiras aquáticas como deixar-se acariciar e empurrar os caiaques.
Neste momento vive na marina de Leixões um golfinho, Gaspar, que tem feito as delícias de toda a gente que por lá passa.
Porém estes dóceis animais ainda são vítimas de exploração com fins industriais, quer para atraírem público para os parques oceanográficos, quer para comércio ilegal. Por exemplo, investigadores do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama), descobriram a matança de dezenas de golfinhos no Litoral Norte do Brasil.
Presos nas redes de pesca, os animais morrem afogados, sem qualquer hipótese de defesa, a matança indiscriminada de golfinhos na costa do Amapá, que num único barco pesqueiro, foram capturados ilegalmente mais de 80.
Presos às redes de pesca, os animais não conseguem subir à tona para respirar e morrem afogados. Quando as malhas são recolhidas, a triste confirmação de que os bichos não sobreviveram é desoladora.
Ainda em alto-mar os golfinhos são vendidos para outros barcos. A carne vai servir de isca para tubarões. Partes dos golfinhos podem ser encontradas no mercado local. Os dentes são usados para fazer bijutarias, os olhos servem de amuletos, são os Homens quem compram mais este tipo de coisas, porque segundo uma crença popular, local, os olhos dos golfinhos atraem dinheiro e mulher.
Diria que esta crença é estúpida, antiquada e cruel.
Está nas nossas mãos proteger este animal tão dócil, inteligente e encantador.

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