sábado, 9 de agosto de 2008

Como é que o Homem Destrói o Mar?

O mar é uma imensidão rica em alimento, em energia e em beleza.
Todos nós precisamos do mar para viver, quer pelo alimento, os peixes, que todos os dias chegam frescos aos mercados e super-mercados, quer pelas ondas do mar que se podem transformar em energia de que todos nós necessitamos para viver, quer para moderar o clima das regiões do litoral, quer para puro lazer, uma vez que podemos apreciar as belezas do fundo do mar através do mergulho, ou ainda, porque todos nós gostamos de nadar em águas plenamente limpas.
É no mar que podemos encontrar a maior variedade de seres vivos do planeta. É nele que vive a baleia-azul, que pode atingir 30m de comprimento e 135 toneladas, sendo o maior animal existente na Terra.
Contudo, com a evolução da ciência e do conhecimento, o Homem teve a necessidade de criar indústrias para satisfazer as necessidades de uma população cada vez mais exigente. Então, um dos lugares privilegiados para a construção de fábricas era as margens dos rios e o litoral, pois assim facilitava o transporte de mercadorias e o abastecimento de águas.
Muitas dessas fábricas transformaram-se em grandes indústrias.
As descargas poluentes das indústrias causam grandes marés de poluição capazes de matar milhares de seres vivos.
Muitas espécies estão em vias de extinção devido a grandes descargas poluentes provenientes de grandes indústrias que aproveitam a calada da noite para as efectuar nos rios e nos mares.
Nos rios portugueses a poluição agrícola e industrial são um dos maiores flagelos ambientais e tem consequências graves ao nível de bacias hidrográficas inteiras. Os exemplos do Rio Alviela, da ribeira dos Milagres ou do Rio Leça, alvos de constantes pressões de poluição, demonstram claramente a inércia nacional no que respeita à preservação dos ecossistemas aquáticos.
A extracção de petróleo no mar é também uma actividade muito prejudicial para o ambiente e consequentemente para a biologia marinha. Esta forma de extracção inicia-se, com um levantamento sísmico para definir os mapas do subsolo, esta fase afecta directamente mamíferos marinhos e peixes, pois são emitidos pulsos sonoros de altos decibéis que prejudicam a orientação dos animais, o que pode levar ao encalhe de baleias e golfinhos. Na fase seguinte, da perfuração, ocorre poluição decorrente de fluidos descartados no mar e de cascalhos saturados de compostos tóxicos, que podem incluir metais pesados como mercúrio, cádmio, zinco, cromo e cobre. As fases de produção e escoamento originam impactos de natureza crónica, causados pelas emissões de gases no processo industrial e pela deposição sistemática de fluidos no mar. O impacto ambiental está presente em todas as fases da exploração, desde a fase de definição dos mapas do subsolo até à produção de petróleo.
O derrame de petróleo nas águas do mar, tem também uma quota-parte na destruição de ecossistemas inteiros, porque causa desequilíbrios nas regiões afectadas, pois o petróleo que flutua nas águas impede que a luz do sol penetre na água evitando o processo de fotossíntese da vegetação aquática. E isto por conseguinte leva a desoxigenação e falta de alimento conduzindo milhares de peixes à morte. Alguns tentam vir à superfície para respirar, porém, ficam impregnados de petróleo, e acabam por morrer asfixiados.
Se é verdade que o Homem precisa de uma evolução a nível das indústrias para ter melhores condições de vida, também não é menos verdade que muitas vezes prejudica severamente o ambiente com essa mesma evolução sem limites.
Infelizmente o Homem destrói ecossistemas inteiros com grandes descargas poluentes, que todos os dias põem cada vez mais espécies em risco e que sofrem deste mal tão presente e actual do nosso mundo. Assim, com um simples gesto, o Homem rapidamente pode destruir este bem tão precioso do nosso planeta, o mar.

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