domingo, 15 de abril de 2012

A Voz de Portugal

Ana Andrade

Sim, eu vou escrever sobre o programa de televisão da RTP1, A Voz de Portugal, que terminou a umas semanas a trás.

Começo por dizer que gosto muito de programas de música, porque a música é uma forma de arte que, quando bem interpretada, consegue passar emoções indescritíveis. Dito isto, vamos à minha opinião sobre este programa em particular.

Para quem não sabe, a fase inicial do programa, ou seja, a parte de selecção dos candidatos a voz de Portugal, foi feita através de uma prova cega. Passo a explicar. Os mentores estavam de costas para o candidato e caso gostassem da sua voz viravam a cadeira para ele. Ao virarem a cadeira o concorrente estava automaticamente no programa. Em suma, a aparência física não era um requisito.

Falei dos mentores. Pois bem, os escolhidos para assumirem esse papel foram os Anjos; Nelson e Sérgio, Paulo Gonzo, Rui Reininho e Mia Rose. Coube-lhes a tarefa de formar uma equipa de talentos, que ao longo do programa foi diminuindo até chegar à final, onde cada mentor levou um candidato.

Desde já digo que na minha opinião este programa, tal como outros, não só mostrou que há em Portugal muito boas vozes, mas também mostrou que estes talentos precisam de ter sorte para não caírem no esquecimento, como acontece com outros tantos participantes em programas televisivos. Eu não sou especialista em música, mas parece-me que isto é óbvio.

Pois bem, como é óbvio tenho os meus favoritos, que no caso são dois e que cujas vozes cativaram-me desde a prova cega. São eles: o Salvador Seixas e o Ricardo Oliveira.

A primeira vez que ouvi a voz do Salvador foi numa publicidade do programa, lembro-me perfeitamente de dizer para mim própria: «que voz! Este rapaz deve ter passado à próxima fase». E isto ao ouvir a publicidade do programa. Quando vi a prova do Salvador tive a confirmação da sua voz. Como três das quatro cadeiras viraram – só o Rui Reininho não virou – o jovem talento escolheu a equipa de Mia Rose. Então disse para mim própria: «este rapaz é um sério potencial finalista do programa». Ao longo das galas o Salvador teve prestações que me deixaram arrepiada, porque senti a sua forma de passar a música. Mas infelizmente o Salvador não chegou à final, ficou na semifinal, pois a conjugação de votos da mentora e do público foram favoráveis ao outro concorrente, o Daniel Moreira. De qualquer forma, acredito que tudo o que o Salvador certamente aprendeu durante a sua passagem pelo programa o vão projectar para uma carreira musical. E eu serei fã.

Quanto ao Ricardo Oliveira. A primeira vez que o ouvi cantar foi na prova cega, pensei: «que voz!» todas as cadeiras giraram e o Ricardo escolheu os Anjos como mentores. E tal como tinha acontecido com o Salvador, disse para mim própria: «aqui está um sério potencial candidato à final». Ao longo das prestações do Ricardo nas galas fui ficando cada vez mais surpreendida com as suas actuações, que deixavam-me arrepiada, não só pela sua voz fantástica mas também pela emoção que transmite. Em relação ao Ricardo não me enganei, a conjugação de votos dos mentores e do público foi favorável e ele chegou à final.

Uma vez na final a luta resumiu-se a quatro e o Ricardo Oliveira acabou por ficar num honroso segundo lugar, a escassa distância do vencedor.

Resta-me acrescentar que o Ricardo tem aqui uma fã.

Acredito que para todos os mentores deve ter sido aliciante e gratificante passarem os conhecimentos a um grupo de talentos, mas também deve ter sido difícil, semana após semana, escolher salvar um deles. Sinceramente, acho que prefiro estar no lado de cá da televisão e apenas desfrutar das vozes sem ter a responsabilidade de escolher um para salvar.

Aqui ficam os links das provas cegas dos meus favoritos.

Prova cega do Salvador Seixas:

http://www.youtube.com/watch?v=ZayOeqgae3Y

Prova cega do Ricardo Oliveira:

http://www.youtube.com/watch?v=EKHKVIy_fj4&feature=relmfu

E devem estar a perguntar o porquê de eu escrever sobre este programa agora, quando ele já terminou a tanto tempo. Pois bem, eu explico. É que começou mais uma série dos ídolos na SIC, não tenho nada contra o formato do programa, mas não sei explicar porquê não me cativa…

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