quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Será que todos os deficientes visuais têm recursos económicos para adquirirem os materiais de que necessitam?

Esta é uma questão que fazemos frequentemente, mas não temos a noção da quantidade de pessoas, que são deficientes visuais e que não têm recursos económicos para adquirirem os materiais necessários para o seu dia a dia. Computadores, máquinas e impressoras Braille, leitores ou sintetizadores de voz que permitem ao utilizador saber o que está a aparecer no ecrã, são muito caros e nem todas as pessoas têm dinheiro para os comprar e sem a ajuda do governo é praticamente impossível. Vejamos, uma impressora pode custar entre 2400 a 3459, uma máquina cerca de 1000, um sintetizador pode custar cerca de 1000 e um computador toda a gente sabe o que pode custar.
Mas comprar coisas tão banais como um relógio, uma calculadora, utensílios de culinária ou uma bengala, instrumento tão necessário para a mobilidade de um invisual, pode ser demasiado difícil, uma vez que não são fáceis de encontrar e além disso são muito dispendiosos.
Ter um telemóvel com o mobile speak, para muitos deficientes visuais é uma miragem. Tudo isto, porque os telemóveis, em que podemos instalar o software são demasiado caros.
Principalmente, para nós madeirenses, ainda é mais complicado adquirir um qualquer instrumento, pois não dispomos de um qualquer estabelecimento com este tipo de material. Quando necessitámos de algo, temos de recorrer ao continente, o que nem sempre é uma tarefa fácil.
E agora faço a mesma pergunta. Será que todos os deficientes visuais têm recursos económicos para adquirirem todos os materiais de que necessitam?
Talvez agora já pensem que não.

Sem comentários: