segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O Mundo da Fama

Ana Andrade

As luzes, as câmaras, os destaques nas capas de revistas, os convites para festas, o reconhecimento público, ou seja, o mundo da fama, atrai muita gente. Muitos procuram a fama através do seu talento e trabalho, outros procuram-na por outros meios; como por exemplo através de reality sshow. Alguns pretendem ser actores, outros modelos – se bem que actualmente não há grande distinção entre as duas coisas, uma vez que atores são modelos e visse versa.

Mas o mundo da fama não é perfeito e muitos não sabem lidar com tudo o que é inerente a ele. É que de repente deixam de ser simples anónimos para serem figuras públicas. Deparam-se, não poucas vezes, com notícias falsas sobre as suas vidas ou com evasões de privacidade naturalmente inconvenientes. Acredito que a vida de uma pessoa que passa do anonimato às luzes da ribalta deve mudar radicalmente. E, como referi anteriormente, muitos não sabem lidar com essa mudança. Então, não raras vezes, abrem-se as portas de outros mundos, como por exemplo o mundo das drogas ou do álcool. É verdade que também há muita gente que sabe lidar com a fama, com as mudanças que a mesma acarreta nas suas vidas e conseguem seguir em frente sem entrar em caminhos errados.

E tudo isto porquê? Porque na passada semana, ao passar pelos canais, deparei-me, no Você na TV, com a seguinte situação. Estava um psicólogo, julgo eu, a abordar o tema da fama e não só, com base em três casos diferentes.

A primeira situação é a recente tentativa de suicídio do actor Hugo Sequeira. Neste caso, não se trata de não saber lidar com a fama, mas sim, aparentemente, de uma depressão. Nos últimos tempos o actor não tem participado em projectos televisivos, para além do que, pelo que percebi, ter falhado um projecto, creio de formação de actores em que Hugo Sequeira estava envolvido e o actor enfrenta um processo de divórcio. Perante a iminente separação do filho, Hugo Sequeira ficou descompensado e parece ter sido essa a gota de água que o fez atirar-se de um segundo andar.

O segundo caso abordado, foi a tentativa de suicídio de Zé Maria, o vencedor do primeiro Big Brother. Neste caso, parece que Zé Maria aliou-se as pessoas erradas, além de não saber lidar com a falta de convites para trabalhos e não só.

E, finalmente, o terceiro caso foi o suicídio de um actor, que já não me lembro do nome, em 2007. Este atirou-se de uma janela de um hospital.

Estes três casos, cada um à sua maneira, mostram o outro lado do mundo da fama. É que lá por uma pessoa ser famosa não deixa de ter problemas. E a fama não dura para sempre, há um dia em que deixam de aparecer os convites para trabalhos, para festas, para programas de televisão e, consequentemente, deixam de aparecer nas revistas. Então é o voltar a trás, da fama ao anonimato.

Volto a repetir que há pessoas que lidam bem com as mudanças, quer do anonimato para a fama, quer da fama para o anonimato, mas para tal é necessário ter uma personalidade forte e uma boa estrutura psicológica.

Em suma, as luzes, as câmaras, os destaques nas capas de revistas, os convites para festas, o reconhecimento público, ou seja, o mundo da fama nem sempre são um mar de rosas.

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