domingo, 7 de abril de 2013

UM NOVO OLHAR SOBRE A EPILEPSIA



Ana Andrade


“As crises vêm e vão,
o estigma fica!”
Dr. Armando Morganho

Simplificar! Desmistificar! Eliminar o estigma! Sim, porque o conhecimento é o antídoto do medo! Pode manifestar-se em qualquer idade, raça e classe social! A EPILEPSIA é a disfunção do sistema nervoso central mais comum em todo o MUNDO afetando aproximadamente 50 milhões de pessoas! 85% são de países em desenvolvimento, sendo que 75% destes não recebem tratamento. Surgem 2.4 milhões de novos casos por ano e 50% começam na juventude. Cerca de 70% das pessoas com epilepsia poderiam levar vidas normais e ter uma aprendizagem normal e regular se fossem tratadas adequadamente. (WHO, 2011)  

É caracterizada por uma descarga elétrica neuronal anormal, com ou sem perda de consciência e com sintomas clínicos variados. O cérebro é constituído por milhões de neurónios que comunicam entre si através de impulsos elétricos. Quando esta comunicação sai de controlo, as células cerebrais disparam e os músculos contraem-se. Acontecem então as crises epilépticas! Estas podem ser generalizadas ou focais (parciais) e diferenciam-se de acordo com a área do cérebro que é afetado. Ao contrário do que geralmente se pensa, não se apresentam apenas através de crises convulsivas percetíveis, incluindo também, entre outras, as crises de ausência marcadas por um olhar fixo, vazio e sinais motores subtis. Um diagnóstico correto e atempado é de extrema importância, uma vez que afeta os tratamentos e a qualidade de vida do paciente. Um dos aspetos fundamentais é o testemunho do mesmo e de quem assistiu à crise. Nas últimas décadas, verificam-se grandes avanços tecnológicos que mostram ser instrumentos viáveis e aplicáveis na prática clínica (Falleti, 2006), permitindo, através de diversos contributos interdisciplinares, um tratamento e diagnóstico da epilepsia cada vez mais eficiente.

Num inquérito realizado na UMa verificou-se um conhecimento superficial sobre esta temática, por parte dos estudantes inquiridos. Segundo este a maioria das pessoas não saberia como agir perante uma crise epiléptica. O caráter místico da mesma, a falta de informação sobre a doença, crenças desajustadas, sem fundamentação científica, assumem-se como aspectos essenciais na construção do estigma. Este é o “companheiro diário” da EPILEPSIA! Na tentativa de se sentirem aceites, as pessoas com epilepsia tendem a ocultar o seu diagnóstico, a sua condição e a isolar-se socialmente, restringindo diversas actividades.

Várias são as acções e políticas desenvolvidas por todo o globo. Em Portugal a Associação Portuguesa de Amigos, familiares e Pessoas com Epilepsia (EPI) e a Liga Portuguesa Contra a Epilepsia (LPCE) são as entidades de referência. A EPI destaca-se pela vertente social e investigação, tendo sede em Lisboa, Coimbra e Porto. Na Madeira não há qualquer núcleo de apoio social para os cerca de 1500 casos existentes.

Ajude-nos a informar! Fazer com que o mundo da epilepsia e o nosso sejam UM MESMO!

Referências Bibliográficas
WHO (2011). Mental health: Epilepsy.Retrieved fromhttp://www.who.int/mental_health/neurology/epilepsy/en/
Falleti M. (2006). Practice of efects associated with the repeated assessment of cognitive function using the CogState battery at 10-minute, one week and one month test-retest intervals. J. Clin. Exp. Neuropsychol., 28, 1095–1112.

Nota: Este texto foi escrito conforme o novo Acordo Ortográfico
Ana Andrade
Ângela Ferreira
Beatriz Ribeiro Diniz
Filipe Xavier
Hélder Rodrigues
Licínia Freitas
Petra Coelho
Sara Magalhães
Sónia Coelho
Alunos de Neuropsicologia


Para saber mais sobre a epilepsia, siga o link que se segue:
Retirado de:



segunda-feira, 1 de abril de 2013

A Postura do novo Papa



Ana Andrade

A 13 do passado mês de Março, foi eleito o novo Papa. Jorge Bergoglio é argentino e adotou o nome de Francisco.
O agora Papa Francisco é Jesuíta, foi missionário em África, logo, a visão que tem de muitas situações poderá ser diferente. A sua humildade e as consequentes atitudes que tem demonstrado em diversas ocasiões, julgo que são reveladoras de que muita coisa poderá vir a mudar na forma da Igreja estar.
Gosto da postura do Papa Francisco, gosto da ideia de uma Igreja pobre virada para os pobres, afinal de contas sempre deveria ter sido assim. Gosto da ideia de simplicidade do Papa, refletida na roupa que veste. Gostei da sua atitude, no dia em que foi eleito, de ter seguido com os restantes cardeais num pequeno autocarro ao invés de ter seguido no carro que lhe tinha sido destinado. Gostei do facto de, nas cerimónias da Páscoa terem sido recrutadas mulheres reclusas.
Só o tempo dirá se realmente este novo Papa conseguirá mudar algumas coisas no interior da Igreja Católica e se a sua atitude e humildade permanecerão.